Cuidado com as águas...

Há 3 anos atrás, em Lisboa, a caminho do meu jantar de aniversário, a minha prima Marta ligou-me a dizer que as águas lhe tinham rebentado, e portanto ela e o Miguel já nao podiam vir jantar! No dia seguinte, 13 de Fevereiro 2007, o Bernardo nasceu... passaram 3 anos...

... passaram uns aniversários, e para este fiz uma festinha na casa duma amiga do lab, a Cindy, de onde podíamos andar até... adivinhem lá... o tal bar coreano com karaoke! Na casa da Cindy estivémos nos comes e bebes, e tive direito a um bolo com 28 velas e uma bandeira de Portugal feita à mão! Que, por sinal... teve um pequeno acidente relacionado com o facto de estar rodeada de 28 velas...

Quando chegámos ao bar estava de tal maneira vazio, que a proprietária estava sentada no bar, a jogar paciências... mas a partir daí a noite foi mesmo de festa (e possivelmente, para a senhora, de lucro recorde!). E tudo corria normal, até que... o Jesper recebe uma chamada da mulher, Maria, a dizer que, na Dinamarca (para onde ela tinha ido há umas semanas), lhe tinham rebentado as águas! E pronto, pela 2ª vez em 3 anos... o meu aniversário serve de prelúdio para um nascimento!
Jesper, Maria e Sebastian estão todos bem, e na Dinamarca! Ele não chegou a tempo do nascimento, mas também chegou logo no dia a seguir, e assim já seguiu viagem descansado por saber que tudo tinha corrido bem!

Como se fosse o Cerro de S. Miguel...

Nota prévia (para quem não sabe): O Cerro de S. Miguel é um monte no Algarve, onde estão as antenas de TV e rádio que servem, por exemplo, Faro.

Num destes fins de semana fomos até ao Alpine Valley, um dos vários locais do Midwest onde há pistas de ski e snowboard... Mas, toda esta região à volta de Chicago é também conhecida por não ter montanhas!!! Contradição? Nem por isso... é que com as temperaturas, a muita neve que costuma cair, e o espírito americano de fazer negócio em tudo o que mexe isso resolve-se facilmente: Alpine Valley tem uma altitude de 400m, as pistas uma inclinação de 100 e muiiiiitos canhões para produzir neve, quando não cai o suficiente. Para amadores como eu serve perfeitamente para ir brincar durante um dia; para pessoas habituada a Alpes, Pirinéus, etc., é capaz de não ter muita piada... mas os prós que estavam connosco divertiram-se na mesma!
Juntei então uns amigos das festas, saídas e concertos em Chicago com um contigente do meu laboratório e viajámos 2 horas para Norte, até ao Wisconsin, para umas boas horas de descidas e trambolhões! A verdade é que até não caí muitas vezes, e quando caí foi normalmente a sair daqueles terríveis teleféricos... mas parece que as 4 ou 5 vezes que já fiz snowboard na vida já vão acumulando algum jeitinho, se bem que meio amedrontado!...

O fantástico Karaoke coreano

Na noite que o André esteve por aqui, também fizémos uma noitada com o pessoal do lab... Começámos com jantar e copos na casa da Janine e do Jonathan, para nos prepararmos para o grande objectivo da noite: um fantástico bar de karaoke, cuja dona é coreana, assim como o sistema do karaoke! Na verdade, alguns de nós já lá estinham estado, a seguir à festa de Halloween (e, portanto, nesse dia estávamos com disfarce... Super Mario e amigos!).

As histórias que contámos dessa primeira vez convenceram mais alguns dos nossos amigos a experimentar o dito sítio! Chamado Bong Ho, é um bar pequeno, quente e mal-cheiroso, mas tem um charme que não dá bem para explicar... só mesmo visto! Como nós espererávamos, e desejávamos, estava quase vazio, o que nos deu controlo total, e sem vergonha, sobre a máquina de karaoke! Uma coisa antiquada, com muitos dos nomes escritos em coreano, letras mal traduzidas, e com "videoclips" a variar entre cenas de Natureza, tipo National Geographic... ou mulheres nuas!!! Muito, muito bizarro... mas estranhamente encantador!

Acabámos por lá ficar até ao fecho, não sem antes eu convencer a tal senhora coreana a cantar uma música comigo... "Feelings, nothing more than feelings...". De tal maneira que quando foi altura de nos mandar embora, desligou a música e a TV com as letras... mas como nós continuámos a cantar na mesma, ligou de novo a TV... e veio cantar connosco mais 1 ou 2 músicas para terminar a noite em beleza!

As brumas de Chicago

Há 2 semanas, esteve aqui por perto o André, que trabalhou comigo no laboratório de Lisboa. Ele agora anda por Dallas, a fazer um pós-doutoramento, e nessa semana esteve cá a aprender uma técnica numa Universidade que fica a 1h de Chicago... Mas no dia antes de voltar para o Texas, conseguiu acabar as coisas para me vir ver e passearmos um bocadinho. E a primeira vez que ele viu o centro de Chicago... acabou por não "ver" muito: todo o Loop estava envolto num espesso nevoeiro! O que, também para mim, foi uma estreia. Desde um Bean nas brumas, ou arranha-céus sem topo, estava tudo coberto! Mas ele gosto na mesma... e ficou de voltar, de preferência lá para o Verão!