C. elegans e outros animais

Comecei a trabalhar (mais ou menos). Hoje estive a "brincar" c os vermezinhos q vão ser parte do meu dia-a-dia aqui (e quem sabe depois disso...). Aquilo a q se poderia chamar de "C. elegans 101", i.e., a primeira aula pra poder trabalhar c eles, é aprender a transferi-los entre diferentes caixas, sem os matar (de preferência). Vou tentar explicar:

AVISO À NAVEGAÇÃO: Vem aí uma explicação meio científica, meio à Mário... se não tiverem praí virados (a minha mãezinha sempre me disse q eu não era lá grande professor, o q pode querer dizer algo da qualidade da info q se segue) passem em frente... leiam só o fim do post q é sobre outra coisa...

Os C. elegans comem bactérias, e nós damos-lhes uma estirpe específica de E. coli (provavelmente a bactéria mais conhecida do mundo, certamente a mais utilizada na investigação) para se alimentar. Aliás, mantemos os bichos em caixas de Petri (mm quem não é biólogo já deve ter visto na TV) q tá coberta de um "tapete" das ditas cujas bactérias. Deste modo, os vermes vão rastejando por cima da sua própria comida (bela vida, é o q é!).
Outro aspecto é a manipulação em si... Agarra-se numa pipeta de Pasteur (pra quem não sabe, um tubinho de vidro q é mais fino numa das pontas, e serve mais ou menos de conta-gotas se lhe pusermos qq coisa q puxe na outra ponta!) e na parte fina um bocadinho de fio de platina (boa vida hã!?! cheio de metais preciosos!). Na chama, deixa-se o vidro derreter pra agarrar a platina, e ficamos c uma agulhazinha! Depois ainda falta curvar a platina em relação ao vidro (um pouco menos q 90º) e a parte mais gira... C um alicate especial, aperta-se c toda a força a pontinha do fio de platina (qt menos se conseguir agarrar do fio, melhor fica) e resulta uma mini-colher! "Et voilá", vamos caçar C. elegans.
A ideia da vamos-chamar-lhe-colher é tocar mt ao de leve no tapete de bactérias c a parte de baixo, para q essa zona fique pegajosa (fica mm, eu comprovo). Depois vamos a uma caixa onde estejam os nossos bichinhos e tocamos-lhe c a mm zona (ou seja, não ando praqui a dar-lhes colheradas - eles aderem à parte de baixo, got it??). A seguir, c eles presos, volto a soltá-los onde quiser! Isto parece mt simples, mas é a base de tudo o resto, pq se eu não souber mexer neles, não posso fazer mais nada! E por isso mm passei hoje umas horas a fazê-lo. A Susana de vez em qd lá me dizia q sabia como aquilo podia ser um bocado chato, monótono, mas eu até me diverti (estar a ouvir o Mini-Disc tb ajuda), e acho q foi mm mt útil pra mim!

NOTA: Acabou a parte chata

Entretanto, e já q tamos a falar d animais, aproveito pra partilhar convosco alguma da fauna de Evanston, Illinois... Há imensos esquilos, é normal ver uns quantos a fugir prós arbustos ou árvores qd vou pra casa; pirilampos, mm na minha rua qd chego a casa à noite; peixes enormes no lago artificial q a Universidade resolveu construir... apesar de terem outro mm ao lado c o tamanho de Portugal (e do qual este é abastecido); muitos, mas muitos mm mosquitos, talvez tb outros insectos, mas só dou por eles qd vou pra casa ao anoitecer e eles tão loucos a perseguir os senhores candeeiros da rua; gaivotas, vi-as contentissímas num dos campos de jogos (q são mm ao lado do lago), quiçá a treinar uma jogada de futebol americano. Também já fui informado da existência de doninhas fedorentos (como o Pepe la Peu dos desenhos animados) e furões, e portanto aconselharam-me a mandar pedras ao lixo antes de me aproximar, se o for pôr de noite. Por agora é tudo, mas se vir outros bichos diferentes eu aviso (e não contam os fungos, bactérias q não E. coli, vírus e ácaros q possam vir a contaminar as caixinhas dos meus C. elegans)